Ao termino da concretagem da laje, ainda havia pendente a finalização da concretagem das vigas invertidas existentes na estrutura da laje de cobertura do segundo pavimento. Assim, logo que foi possível movimentar sobre a laje após a cura inicial, as vigas em questão, que são uma peculiaridade da estrutura da casa, foram concretadas.

Estas vigas, apresentadas no texto #17, foram assim idealizadas para sustentar e distribuir as cargas da caixa d’água e para que a laje da suíte fosse uniforme, sem requerer necessidade de utilização forro de rebaixamento com o fim de esconder essas vigas, correspondendo ao restante do pavimento.
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Paralelo à concretagem das vigas mencionadas, outros processos foram iniciados: execução da platibanda e execução das instalações hidrossanitárias.
Em resumo, a platibanda nada mais é que uma elevação executada ao redor do telhado com o fim de escondê-lo. Como um pequeno muro ou uma mureta contornando todo o perímetro da edificação para esconder o telhado. Pode ser executada de diversos materiais, o mais comum no Brasil é a alvenaria, já que este é o material mais empregado na construção das edificações, contudo, é possível encontrar platibandas de outros materiais, como steel frame vedado com placas cimentícias, wood frame, até metálicas, em galpões, por exemplo. O que caracteriza de fato a platibanda é esconder o telhado, independente de material ou variações na forma.
Nota: Em outros períodos da história, houve adoção da ornamentação nas platibandas, correspondendo às características da arquitetura utilizada no restante da edificação. Já hoje, é comum que sejam lineares, sem adornos, assim como as edificações. Tendência da arquitetura desde o modernismo.
Sua execução, quando feita de tijolos, que foi a opção na edificação de estudo, segue o processo de uma alvenaria qualquer: marcação e elevação, sem o encunhamento no caso (por motivos óbvios). É conferido o posicionamento, alinhamento, esquadro e nivelamento para execução da primeira fiada, então as fiadas seguintes são executadas. O processo pode ser conferido com mais detalhes no texto #14, que tratou do assunto.

A cobertura escolhida para a edificação foi a cobertura de telhas metálicas galvanizadas, com estrutura metálica e embutida na platibanda. O principal motivo foi a coerência com o estilo da casa, contudo o custo benefício também foi levado em consideração, uma vez que este tipo de cobertura geralmente tem um custo de instalação menos elevado que o de telhas cerâmicas. Este assunto será tratado no post específico à esta etapa.
Ao passo que os trabalhos acima eram executados, uma equipe complementar iniciou a instalação do sistema hidrossanitário. Primeiramente com as tubulações externas, com ligação direta com a rede pública e depois com as ligações internas à casa.
Esta equipe, especializada neste tipo de instalação, supervisionada por um bombeiro hidráulico, foi contratada para dinamizar a execução dos serviços da obra, uma vez que atividades distintas puderam ser executadas ao mesmo tempo.
Outro motivo foi a garantia da qualidade do serviço com a utilização de mão de obra especializada, capacitada a seguir as especificações de projeto conforme calculadas pelo engenheiro civil responsável pelo mesmo.
Ou seja, o custo benefício da decisão foi pautado num equilíbrio entre tempo, recursos e qualidade. Critérios importantes a serem considerados em qualquer processo de gestão.

O processo é iniciado com a escavação das valas que vão abrigar os tubos e caixas de passagem, então com a utilização de piquetes e linhas de referência, são calculadas e conferidas as inclinações necessárias, previamente especificadas em projeto.
Obs: As principais informações referente ao assunto são dadas pelas NBR 8160 – Sistemas prediais de esgoto sanitário – projeto e execução e a 5626 – Instalação Predial de água fria.

Com as valas escavadas, as tubulações são posicionadas, ligadas entre si, ligadas aos tubos que foram previamente posicionados passando pela estrutura da edificação, ligadas à rede pública referente ao uso (esgoto ou pluvial, por exemplo) e em seguida cobertas.
Obs: durante a execução da estrutura, foram posicionados os tubos destinados a cada tipo de instalação, atravessando esta estrutura antes da concretagem para evitar quebra posterior. Um outro detalhe é que os tubos são instalados diretamente no solo.

É importante ressaltar que as redes de água fria, esgoto e água pluvial são separadas e tem destinos próprios de ligação com a rede pública. Elas não se misturam. Inclusive, em caso de obras específicas, como as de grande porte ou mesmo edifícios residenciais, onde são constantemente aparentes e inspecionadas, possuem padronização de cor própria (conteúdo da NBR 6493 – Emprego de cores para identificação de tubulações – procedimento).
Após a instalação da parte externa à edificação das redes , foram feitas as instalações da parte interna à edificação da rede hidrossanitária. Assunto que será exposto no próximo post das etapas da obra, juntamente com a alvenaria de vedação do primeiro pavimento.
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Surgiram trincas devido a concretagem das vigas invertidas em duas etapas?
Oi Nelson, tudo bem? Obrigado por perguntar e participar!
Nunca surgiram trincas na construção (além das naturais de acomodação da estrutura durante a obra, que são esperadas). A concretagem em duas etapas deve seguir as orientações da NBR 14931 no que diz respeito a juntas de concretagem.