Quando as paredes já foram elevadas e estão prontas para o processo de revestimento, dependendo do tipo de vedação escolhida, as mangueiras, caixas de passagem, de interruptores e demais tubulações das instalações elétricas e hidráulicas são executadas.
Foi dito dependendo do tipo de vedação escolhida porque em algumas opções de tijolos, ou mesmo nos casos de steelframe ou woodframe, as instalações complementares (elétrica e hidráulica) tem suas tubulações e caixas passadas ou fixadas nos espaços internos que as opções mencionadas oferecem.
Tijolos como os blocos de concreto, tem espaços internos não apenas suficientes mas também destinados à passagem das instalações complementares, da mesma forma, no interior das paredes de drywall existe espaço entre os montantes para instalação das tubulações elétricas e hidráulicas. Essas opções dinamizam o trabalho e racionalizam o processo, gerando menos desperdício e menos tempo de mão de obra. Por outro lado, tem um custo material um pouco mais elevado.
Nas paredes de tijolos furados de barro cozido, tijolo mais tradicional utilizado no Brasil, depois de elevadas, as paredes precisam ter seus tijolos perfurados nos trechos onde as mangueiras e tubulações irão passar. Ação que acaba se justificando pelo baixo custo do material. Contudo é um processo menos racional e gera maior desperdício de material.

Esse processo ocorre logo que as paredes foram elevadas na maioria dos casos (antes de serem revestidas) mas pode acabar sendo executado logo depois da primeira fase do reboco e finalizado com a etapa final do revestimento do reboco da parede.
O processo em si é bem objetivo e simples: são executados cortes nas paredes, como canaletas, onde as mangueiras ou tubulações, bem como as caixas de passagem serão instaladas. Com as mangueiras e tubulações fixadas nessas canaletas “esculpidas” no tijolo, o trecho é concretado.

As mangueiras que haviam sido passadas através das lajes, vigas e demais elementos estruturais, são ligadas com as que são instaladas no elemento de vedação.

Quando as paredes estão elevadas, muita coisa começa a ocorrer ao mesmo tempo na obra e equipes distintas começam a trabalhar ao mesmo tempo no canteiro. No caso da obra em estudo, a equipe de pedreiros estava trabalhando junto da equipe elétrica e do serralheiro que executou o telhado (assunto que será tratado em outro post).
Para serem iniciados os trabalhos dependem da conclusão de etapas, mas dada esta conclusão, equipes podem trabalhar simultaneamente e deixar o processo mais dinâmico e racional, ganhando tempo e economizando gastos com mão de obra.
O mesmo processo de instalação de mangueiras e tubulações nas paredes, pode acabar sendo complementado no piso caso não tenha sido completamente executado anteriormente. Nas lajes todas as mangueiras e tubulações são passadas, mas no piso térreo as vezes não, uma vez que o contrapiso pode ser cortado para ajustes, diferente da laje.

Nas paredes, os canos de descida de água pluvial que não foram previstos internamente nas paredes, podem ser cobridos e escondidos. No caso em questão, foram executados falsos shafts nos banheiros (falsos porque se tratou apenas de uma parede paralela a já existente cobrindo os canos de água) e nos quartos o revestimento das tubulações deu a impressão de elemento estrutural. A tubulação hidrossanitária principal foi executada anteriormente, como pode ser conferido no texto etapas da obra #19.

O revestimento foi executado de forma que o cano revestido continuasse representando uma parte funcional da parede, quer dizer, com possibilidade de fixação de pregos ou buchas, por isso ao invés de apenas revestir diretamente, foram utilizados tijolos para cobrir as tubulações.

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